quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Todos os defeitos de perto

Menino fraco, besta, sonhador. Achava trilha sonora em tudo, vivia filmes a todo momento, passava os passos da vida a correr atrás do que todo mundo fugia, passava o tempo a matar o tempo pra o tempo não matar ele de morte morrida nem morte matada.

Se via nos outros, não via os outros nele, passava mal a cada compasso fora do passo da mente que o coração dava. Passava mal de todas as coisas adultas que sabia lidar tão bem apesar de saber que sabia lidar tão mal.

Era corredor do mundo, conhecia das sensações mais diversas, passava por toda gente e toda gente passava por ele, pouco se prendia, evitava se prender, apesar de quando acontecia, oh moça... Era coisa mais linda de se ver.

As vezes falava umas coisas, parecia até aqueles moços da "Tv" Todo cheio de defeitos isso sim, correndo sempre atrás da descoberta de um novo, todos os defeitos dele, vistos de perto, tornavam ele tão único, como um disco voador ou sei lá.

Não pousava em lugar nenhum, era uma figura da estrada, passava os dias a pensar num novo de jeito de se fazer não entender. Tinha uma mania chata de explicar, tinha que deixar tudo certinho, a dúvida era sempre boa, ele sempre ficava feliz.

De perto moça, era tanto defeito que ele ficava besta quando alguém via qualidade, nem sabia como falar, como dizer, logo ele que era cheio das palavras. Era livre, era solto e ensinava como fazer, apesar de as vezes ele ter vontade de parar pra valer, ele nunca deu a sorte ou a sorte que num se dar com ele, num sei dizer...

Sei que anda sorrindo e triste ao mesmo tempo, mais inconstante do que o vento, há quem diga que o mesmo de antes, eu acho difícil, soube que andou de mudanças, a ultima vez que eu vi, foi bem de perto, e de perto todos os defeitos dele continuam me fazendo entender o que a vida é capaz de fazer.

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