segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Quando...

Hoje não dá, ta tudo meio fora do clima, tudo não... É que tem muita coisa, muita coisa que estranhamente estou sentindo vontade de contar a um estranho que sentou aqui. Tantas coisas que batem de forma igual com duas pessoas que nunca se viram antes na vida. Como assim?

Estranhamente a estranha mente desse estranho escorre coisas pela boca que me agradam, me levam até as lágrimas. E quando será? Não se sabe, ela só sabe que não vai ser hoje, a anestesia ainda está fazendo efeito, passei por todos os caminhos que você está passando agora, eles são complicados, eu sei, mas, não deixe eles tirarem de você o que arrancaram de mim.

Mais lágrimas...

Sei lá quando vai ser de novo, a vida é ocupada e há muita coisa a se fazer mas eu percebo que certas conversas não morrem em um dia, certas pessoas voltam a lugares, que não vão a muito tempo, para de alguma forma estranha se encontrarem e quando isso acontece os dois sabem, onde vai dar? Ninguém sabe, o que importa mesmo é que no fim das contas o sorriso tome o lugar das lágrimas.

No final das contas, tem aquele abraço, e aquele cheiro... Um sorriso bonito sendo encoberto por trás de um aparelho. Tanta coisa em comum e dez minutos para tentar cobrir tanta vontade de continuar falando, eu sabia que aquela conversa não ia terminar ali, ela sequer vai terminar, o importante é só entender que certas coisas conversando não da pra saber, hoje não, mas, quando vai ser?

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Aqui jaz

Em cada palavra que vai sair pela cabeça, escorrer pelos ombros, passar pelas mãos, dedos e parar aqui, vai morrer uma desilusão, a cada palavra disparada pelo gatilho do impulso repulsivo de botar todas as mazelas pra fora, vai morrer um sentimento, seja bom ou ruim e vai nascer outro maior no lugar. A cada tristeza duas alegrias, chega, uma hora você diz chega, pra tudo e todos, você cansa de correr, as pernas doem. Passa cada dia a calcular tudo que vai fazer não faz bem mas também deixar ser simplesmente levado pelas circunstâncias não faz bem, você precisa tomar o controle, as vezes.

Em alguns momentos você precisa ser desnecessário, você precisa gritar, xingar, agredir, ter sangue nos olhos mesmo. Outros momentos você tem que ser leve, quase uma pena ao vento, você precisa sentir, sinta! Sofra, tudo isso te faz humano, sinta-se humano, sinta-se, as vezes, desumano. Perca a dignidade, passe dos limites mas volte, foda, beba, pire, se quiser, se não for parte das suas práticas tudo isso, eu sei que você acha um jeito de botar toda essa merda pra fora.

Antes de perder o juízo, pense em perder o juízo, só não pense antes de amar, uma, duas, três, quatro... Quantx quiser, mas não pense. E se passar, deixe passar, por favor, deixe passar! Sofrer de amor é um porre e esqueça esse papo careta de que um amor cura o outro, você se cura, alguém te ajuda mas no fim foi você quem fez. Pare de pedir, pare mendigar, por favor, olhe pra você, vá até o espelho agora... Se olhe, passe a mão no seu próprio rosto, jogue água no espelho e deixa-a escorrer lentamente, observe sua imagem distorcida, é assim que as pessoas te vêem, principalmente as que chegaram agora, não peça então que elas deem pra você o que você deu a elas, imagens distorcidas são difíceis de entender, você está vendo isso agora em seu próprio rosto. 

Passe em cada esquina da sua vida novamente, encontre um lugar onde você gosta de estar, fique lá por um tempo! Depois vá ao pior lugar das suas memórias, eu disse o pior, abra os olhos, traga isso com você, se olhe no espelho... Entenda isso, esses dois opostos que você sentiu, não os perca, eles te fazem você e vão te ajudar pra sempre, compare dores, não compare amores.

Eu que já "amorri" Escrevo para você que ainda "amorvive". Não se perca nas coisas loucas que virão, lembre das duas sensações, encontre a pior e a melhor e lembre-se de entendê-las sempre que não se entender, busque aquele sorriso que te faz bem, aquele abraço gostoso, aquele beijo legal, seja ele na boca, na testa ou seja ele um bom sexo oral, não importa, se faz bem junte tudo.

Pois é aqui jaz uma desilusão que desiludiu coração errado e não achou onde comer, morreu de fome porque o bicho era mais forte do que podia sugar, vou desiludir outro onde possa me alimentar e enquanto o tempo deixar, você vai ver, nem adianta correr, eu to aí no mundo faz tempo, muito antes de você, mas agora sem mais, sou tristeza morta, como você sabe, isso qui é homenagem póstuma.

domingo, 22 de setembro de 2013

E já não há mais porque

Não é cansaço, não é loucura, não sou eu. É só você, sim eu me importo, me importo demais. Me preocupo com tudo que te cerca, tudo que é de você, quando o assunto tem a ver com você, eu sempre tenho tempo pra ouvir e falar. Muitas vezes odeio opinar, me sinto um invasor e completo chato.

É saudades, das brabas, daquelas bem complicadas de lidar, tem dias que é tristeza, tem dias que são só as lembranças gostosas, eu escolhi pra passar o tempo o ato de te regar, flor. Sem te negar amor, sem pedir volta, por favor.

Eu não sei até o onde o tempo vai, ele não tem linha de chegada a não a ser a morte mas essa espero que esteja bem longe. Eu sei do cuidado, do olhar com ternura e pensar com "Quentura" na cabeça. EU espero que o peito obedeça o que a cabeça já entendeu desde sempre, eu me vejo nos dias passados e me vejo no dia de hoje, nada mudou.

É medo também, eu não tenho então não perco mas a sensação de não estar presente naquele fluxo que existe quando se trata de nós dois... Me da medo, eu confesso. Confesso que durante um tempo travei batalhas épicas, noite após noite só pra conseguir dormir sem me achar um completo louco e não agir de forma contrária a tudo que eu penso e falo, isso me mataria de fato.

Eu nunca vou deixar de tentar colocar minhas asas pra te proteger, mesmo quando eu souber que suas asas já estão fortes o bastante, certas coisas a gente não escolhe se vai rolar ou não, simplesmente rola, a gente só escolhe como vai lidar com tudo isso, sim é muita coisa, tem gente que foge, tem gente que some, eu cuido, cuido de mim, cuido de ti, passo o dia bem se sei que está tudo bem e perco o sono só de saber que você por algum acaso perdeu o sorriso.

Eu não sei, a liberdade me deixa feliz, quando se trata de alguém que quero tão bem então, nossa me da esquizofrenia de felicidade, enquanto estiver tudo bem por aí, vai estar tudo bem por aqui e no dia que estiver tudo mal, minhas asas sempre estarão abertas enquanto você acreditar que a minha saliva sagrada ainda pode te tratar.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Ingratidão

E tudo que se faz, vale a pena? Talvez, não sei, eu só consigo pensar nos ingratos por enquanto. Os ingratos são seres difíceis de lidar, eles não são pessoas ruins, não são pessoas que fazem o que fazem porque querem, mas mesmo assim fazem. Todo mundo que convive com pessoas está propício a ingratidão, tá?

São seres humanos, eles tem lá seu lado bom, o problema é que o lado ruim é ser ingrato, sugam tudo de você, te fazem dar o seu melhor e depois que estão fartos, do seu sumo, da sua energia de tudo que você deu, simplesmente vão.

Aprenda a conviver com isso, ao menos que você se isole numa caverna e exercite a sua misantropia, eu não aconselho. É engraçado quando você resolve parar para não pensar nas coisas, um exercício gostoso de ser tornar vazio, só não permaneça assim pra sempre, pensar também é bom, evita muita coisa.

Evita ingratidão, por exemplo, você aprende a entender quem está ao seu redor e facilmente identifica um ingrato, fuja!! Fuja deles, você pode ser resistente a qualquer coisa, qualquer sofrimento mas ninguém resiste a ingratidão.

Depois de tanto tempo, o sentimento que te faz ir pra frente te faz parar e é algo tão brutal que transborda pelos fluidos que escorrem dos olhos e queimam a pele como ácido, é ruim ser poeta ou qualquer outra coisa nessa hora, tudo sai, tudo escorre, tudo transborda pelas letras. 

Tristeza inspira, faz você ir a lugares da sua mente que provavelmente você só irá acessar triste, mas lembre-se assim como é saudável acreditar que ninguém te faz feliz, também acredite que ninguém te faz triste, só você se faz os dois. 

Seja dono da sua cabeça e da sua emoção, só não seja dono de ingratidão, quando estiver mal, esteja mal, mas quando estiver tudo bem, por favor que esteja tudo bem. Aos ingratos de-lhes a sua gratidão, eles não vão saber o que fazer com o inverso do costume e o inverso do costume sempre pode ser bem vindo.

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Sei lá

É só viagem torta que já num cabe mais no papel nem em nada, nem sono, nem fome nem nada.
É tudo coisa da cabeça que faz doer o resto do corpo, é só os "zóio" baixo, olhando pro chão, esperando a queda que não vem, porque a mesma cabeça que derruba num deixa você cair.

É só saudade de todo mundo e vontade de ninguém, tudo ao mesmo tempo, assim feito vento que entra pela sala e te derruba no sofá sem menos nem mais, sem você querer e mesmo assim ele faz...
É coisa pra sentir, palavra demais pra dizer, coisa demais pra querer parar* vontade de num parar de sentir o que na verdade eu num devo sentir de parar. 

É o tempo, me arrastando pra dentro depois me jogando pra fora feito brinquedo velho que ele cansou de brincar.
É só gente que eu quero abraçar que eu quero beijar que eu quero pousar e depois junto voar...

É só medo de perder, medo de me achar, de não saber onde me encaixar, é só medo de perder o que não quero ganhar.

É só...
É só...
sei lá.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A lua em meus braços

E eu que tanto escalei uma parede feita de estrelas, finalmente cheguei até a lua, eu a tive em meus braços e naqueles instantes eu me sentir sendo eu o próprio sol. Sim o sol, que ilumina a lua nos céus noturnos a guiar amantes e viajantes, a lua linda que tem sua órbita ao redor da terra mas tem pra si todo o brilho do sol. Seu corpo, seu sorriso, seus olhares, gargalhadas, mordidas, arranhões e sons. 

Cada som seu era como uma verdadeira sinfonia para mim, cada segundo passando perfeitamente, enquanto construíamos um novo tempo espaço entre as paredes do meu quarto. Eu não via mais nada, não enxergava mais nada, não sabia mais de mim, só de você. Você que estava tão linda, tão solta, tão... 

Olha pra mim! Era ordem, e eu olhava, e como olhava, gravava cada detalhe daquela cena perfeita, cada gota de suor daquele corpo no meu, cada centímetro seu que estava nos meus braços. Fez de mim um templo de todo o teu prazer, se faz toda entregue, tão entregues, os dois. 

Era uma tempestade brutal de todo desejo, carne, alma, mente e coração que se despejava através de dois corpos naquele pequeno espaço, que se fazia um novo espaço, era a lua linda, em meus braços, como se fosse o ultimo dia das nossas vidas. 

Como não pensar em todo carinho, toda trilha, todo abraço, beijinhos e cafunés? Como não pensar em todas aquelas explosões com um simples encostar de nossas testas? Eu estive com a lua em meus braços, só entenderá isso quem um dia se sentir como sol tal qual fui naquele dia. Eu estive com a lua deitada ao meu lado e nunca me sentir tão bem, eu quero esse bem e se esse bem me quiser amém.

Todos os defeitos de perto

Menino fraco, besta, sonhador. Achava trilha sonora em tudo, vivia filmes a todo momento, passava os passos da vida a correr atrás do que todo mundo fugia, passava o tempo a matar o tempo pra o tempo não matar ele de morte morrida nem morte matada.

Se via nos outros, não via os outros nele, passava mal a cada compasso fora do passo da mente que o coração dava. Passava mal de todas as coisas adultas que sabia lidar tão bem apesar de saber que sabia lidar tão mal.

Era corredor do mundo, conhecia das sensações mais diversas, passava por toda gente e toda gente passava por ele, pouco se prendia, evitava se prender, apesar de quando acontecia, oh moça... Era coisa mais linda de se ver.

As vezes falava umas coisas, parecia até aqueles moços da "Tv" Todo cheio de defeitos isso sim, correndo sempre atrás da descoberta de um novo, todos os defeitos dele, vistos de perto, tornavam ele tão único, como um disco voador ou sei lá.

Não pousava em lugar nenhum, era uma figura da estrada, passava os dias a pensar num novo de jeito de se fazer não entender. Tinha uma mania chata de explicar, tinha que deixar tudo certinho, a dúvida era sempre boa, ele sempre ficava feliz.

De perto moça, era tanto defeito que ele ficava besta quando alguém via qualidade, nem sabia como falar, como dizer, logo ele que era cheio das palavras. Era livre, era solto e ensinava como fazer, apesar de as vezes ele ter vontade de parar pra valer, ele nunca deu a sorte ou a sorte que num se dar com ele, num sei dizer...

Sei que anda sorrindo e triste ao mesmo tempo, mais inconstante do que o vento, há quem diga que o mesmo de antes, eu acho difícil, soube que andou de mudanças, a ultima vez que eu vi, foi bem de perto, e de perto todos os defeitos dele continuam me fazendo entender o que a vida é capaz de fazer.