terça-feira, 18 de março de 2014

Une)(Versos

E foi quando eu pensei que tudo estava terminado que você me apareceu. Como um ar novo de primavera que vai colocando pra fora todo o inverno que existe, traz vida nova, traz vontades novas. Me causando sentimentos novos, coisas que eu sequer sabia que era capaz de sentir.

Me fazendo sorrir, não atoa, atoa não. Com motivo, muito motivo. Você é o motivo do meu sorriso, motivo dos suspiros diários, motivo em ver beleza em tudo. Quando perdido fiquei nas voltas cacheadas dos seus cabelos, congelado, petrificado, atraído pelo poder do seu jeito de quem quer mudar o mundo.

Tão cheia de sonhos, tão cheia de atitudes lindas que foram me ganhando, me ganhando... sou todo seu, sou tudo seu, por inteiro... seu. Te tirar do chão fazer seus pés caminharem nas nuvens insanas dos meus desejos. Colocar você no meu colo e te mostrar tanta coisa do meu mundo que parece que eu só estava guardando pra você.

Leolinda, menina/mulher sapeca. Com sorriso de luz magnética que me puxa pro seu mundo. Rainha cacheada, encantada que me levou pro seu reino e me pôs do seu lado. Eu fico assim: menino besta, todo encantado e feliz de estar em meio a tanto emaranhado.

Nós dois, não cabe mais nada, mais ninguém, seu mundo, meu mundo, nosso mundo. Menina, linda, ciumenta... eu quero estar nas galáxias do seu universo porque na minha cabeça você já é quem une versos do meu universo.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Caixa de vidro

Todas as paredes transparentes deste lugar... deve ter o que, um ano? Por aí. As pessoas chegam perto, olham, comentam, algumas admiram, colocam a mão pra eu retribuir o gesto e eu retribuo. Mas elas vão embora, sempre vão... e eu volto pra dentro, eu nunca sair de de dentro na verdade, essa maldita caixa de vidro, maldito vidro blindado.

Ninguém entra, ninguém sai, mas as paredes transparentes dão a sensação de que as pessoas podem entrar ou de que eu posso sair. Maldita caixa de vidro, queria poder te quebrar, te estraçalhar em mil pedaços, sair correndo... encostando de verdade nas mãos que eu só "toquei" pelo vidro da caixa... maldita caixa de vidro, com toda sua transparência mentirosa.

Bendita caixa de vidro que me protege dos males que eu vejo daqui de dentro atingindo as pessoas lá de fora... tantas lágrimas... como deve ser lá fora? A água já está no pescoço, será que eu vou me afogar? Será que as pessoas que amam me assistir, enquanto é bom para elas, vão ser as mesmas que vão me salvar ou vão apenas lamentar no meu velório?

A água está no pescoço e eu ainda não sair da caixa de vidro.

segunda-feira, 3 de março de 2014

Ficar

Não, eu não vou me fazer de morto no dia seguinte, não tem porque. Seria algo sem lógica alguma, não teria porque, você já entendeu que eu não tenho problema pra conseguir satisfação física e não é disso que eu falo quando estou sentindo você seja do outro da tela ou da linha. Quando eu ouço sua voz dengosa de sono, quando você se abre e de longe aperta minha mão. 

Por que diabos você consegue confiar em alguém que você nunca sequer deu um abraço? Por que você anceia por um beijo que você nunca experimentou? Não cabe se fazer de morto no outro dia. Se sem nunca ter sentido a sua pele ou as suas unhas negras de tigresa me arranhando eu já me sinto bem vivo, imagine quando for eu o leão entendo que a tigresa manda mais?

Eu fico se você ficar e se você sair... eu fico. E se você me mandar sair, vou dizer que saio só pra te ouvir me pedindo pra ficar. E se você fizer cena de ciumes, vou dar risadas só pra você ficar mais brava ainda, até me bater.

Acho que depois de tanto navegar vislumbro o que parece ser um cais. Ainda existem nuvens que impedem que eu veja se de fato existe um porto ali, mas o seu farol já me guia. Espero sinceramente que seja o tão esperando cais, espero poder recolher minhas velas e largar um pouco o timão. Até o maior apaixonado pelo mar precisa de terra firme que seja o seu porto então o meu seguro.